Pé-de-Meia inicia nova rodada de pagamentos para estudantes de escola pública
O Ministério da Educação (MEC) acabou de liberar a quinta parcela do programa Pé-de-Meia, colocando mais R$200 no bolso de alunos do ensino médio público. Mas não é para qualquer um: só recebe quem cumpre pelo menos 80% de frequência e faz parte do CadÚnico, aquele cadastro que reúne as famílias de baixa renda inscritas em programas sociais do governo.
A transferência desse valor parece simples, mas tem um cronograma bem organizado. O dinheiro cai direto em uma conta poupança digital na Caixa Econômica Federal, criada automaticamente para cada estudante aprovado. Só que ninguém recebe tudo no mesmo dia. Os pagamentos foram divididos de acordo com o mês de nascimento do estudante: quem nasceu em janeiro ou fevereiro já viu o depósito em 28 de julho mesmo; aniversariantes de março e abril receberam no dia seguinte; maio e junho no dia 30; julho e agosto em 31 de julho; setembro e outubro em 1º de agosto; novembro e dezembro fecham a rodada em 4 de agosto.
Quem é menor de idade e não tem acesso ao aplicativo Caixa Tem precisa que um responsável legal libere o acesso, evitando confusão ou uso indevido da grana. A Caixa faz um controle rígido para garantir que só quem tem direito mexa no dinheiro, trazendo mais segurança para as famílias.
O objetivo do programa e o impacto na vida dos jovens
Muita gente ainda não conhece o Pé-de-Meia. O programa surgiu para tentar impedir que jovens de famílias vulneráveis larguem a escola na reta final da educação básica. Na prática, só recebe quem continua indo às aulas e segue inscrito no CadÚnico, mostrando que precisa do suporte. A proposta é criar uma recompensa financeira que faça diferença, ajudando tanto com despesas do dia a dia, quanto na motivação para não abandonar a trajetória escolar.
São mais de 2,5 milhões de alunos no Brasil já cadastrados no Pé-de-Meia, segundo números do próprio MEC divulgados no início de 2025. Cada parcela de R$200 representa um alívio não só para quem estuda, mas para a família toda, especialmente em períodos de crise econômica, quando até a merenda pode pesar no orçamento. No cenário atual, programas de transferência de renda como esse têm surpreendido por movimentar não só a escola, mas também o comércio local — muitos estudantes usam o benefício para comprar material escolar, alimentação e até ajudar em casa.
Para quem pensa que o incentivo é pequeno, basta acompanhar depoimentos de alunos que, antes do Pé-de-Meia, pensavam abandonar os estudos para trabalhar e agora conseguem enxergar algum futuro dentro da sala de aula. É claro que ainda falta investimento em estrutura e professores, mas o dinheiro chegando todo mês virou um diferencial para muita gente não desistir do ensino médio.