Liga de Quito elimina São Paulo e garante vaga nas semifinais da Copa Libertadores

Liga de Quito elimina São Paulo e garante vaga nas semifinais da Copa Libertadores

Antecedentes do confronto

A história da Liga de Quito na Copa Libertadores costuma ficar marcada por momentos de brilho, como a campanha de 2008, quando o clube chegou às semifinais e acabou campeão em 2009. Depois de sete temporadas sem ultrapassar as oitavas de final, a equipe equatoriana entrou na fase de grupos de 2025 como um dos favoritos de um dos grupos mais competitivos, avançando com uma vitória importante sobre o Botafogo.

Do outro lado, o São Paulo entrava na partida como detentor de um título brasileiro em 2024 e com o técnico argentino Luis Zubeldía ainda buscando firmar seu projeto após assumir o cargo em junho. O Tricolor tinha perdido a Copa do Brasil nas fases iniciais e precisava de um recomeço na Libertadores para justificar a mudança de comando.

O primeiro jogo, realizado em Quito no dia 18 de setembro, deu vantagem clara ao time de casa: um 2 a 0 confortável, com gols de Damián Díaz e Renato Ibarra, que colocou o São Paulo em situação de desespero. Os torcedores paulistas já antecipavam uma luta árdua para reverter o placar no Morumbí.

Detalhes da partida e a classificação

Detalhes da partida e a classificação

No último domingo, o Morumbí Stadium recebeu um público vibrante, mas a atmosfera de pressão era palpável. O São Paulo escalou um ataque renovado, com Luciano e Ferreira na linha de frente, enquanto a defesa contou com Robert Arboleda e Sabino. O técnico Zubeldía optou por um esquema 4‑2‑3‑1, buscando abrir espaços nas laterais para os pontas.

Desde o apito inicial, a Liga de Quito demonstrou um bloqueio compacto, mantendo a linha de fundo perto da área e evitando que o São Paulo criasse chances claras. O primeiro susto chegou aos 12 minutos, quando o atacante paulista Luciano cabeceou para escanteio após cruzamento de Damián Bobadilla.

No entanto, aos 41 minutos, a defesa equatoriana encontrou a brecha que precisava. Um contra‑ataque rápido, iniciado por norte-americano Gonzalo Brito, libertou Jeison Medina na entrada da área. O atacante disparou com precisão, vencendo Rafael com um chute que acabou no fundo das redes, selando o 1 a 0 da partida.

O gol provocou um silêncio momentâneo entre a torcida tricolor, que assistia a um déficit que agora seria difícil de superar. Após o intervalo, o São Paulo pressionou, criando duas boas oportunidades nas mãos de Ferreira, mas o goleiro Rafael fez defesas dignas.

A defesa da Liga de Quito manteve a compostura, com o volante Carlos Cuenca fechando os espaços centrais. O clube equatoriano ainda contou com um pênalti desperdiçado por Luis Espina, mas a solidez defensiva impediu que o São Paulo marcasse.

O apito final refletiu o desempenho coletivo da Liga de Quito: um 3 a 0 no placar agregado que garante a vaga nas semifinais, onde o próximo adversário será o Palmeiras, outro gigante brasileiro. A vitória representa um marco para o clube, que celebra a primeira presença nos últimos quatro da Libertadores em 17 anos.

Já o São Paulo, com a eliminação, acentua a crise de Luis Zubeldía. Comentadores esportivos apontam que a falta de criatividade no meio-campo e a vulnerabilidade nas bolas paradas foram fatores determinantes. O técnico ainda tem a missão de reagir nas competições nacionais, enquanto a diretoria avalia possíveis mudanças para a próxima temporada.

Nas redes sociais, a torcida de Quito explodiu em comemoração, com faixas que diziam "Rumo ao título" e mensagens de orgulho pelos 17 anos de espera. O técnico argentino do LDU, Miguel Ángel Ramírez, elogiou a disciplina tática da equipe, afirmando que a vitória foi fruto de um plano bem executado e da confiança dos jogadores.

Com a classificação garantida, a Liga de Quito agora volta os olhos para o confronto contra o Palmeiras, que chega como favorito, mas carrega o peso de uma campanha recheada de vitórias expressivas. Os analistas preveem um duelo tático onde a capacidade de resposta rápida da equipe equatoriana poderá surpreender o adversário brasileiro.