César Peixoto vê lado positivo na atuação do Gil Vicente diante do Porto
Um placar de 2 a 0 pode sugerir domínio total de um lado, mas, para o técnico César Peixoto, a história em campo entre Gil Vicente e FC Porto teve nuances além do resultado. Depois do apito final em Barcelos, Peixoto virou os holofotes para sua equipe, mostrando orgulho pelo desempenho diante de um gigante do futebol português.
O treinador não deixou que o placar ofuscasse o que considerou uma excelente entrega dos seus comandados. “Jogámos olhos nos olhos com o Porto, sem medo,” ressaltou Peixoto, apontando para a postura confiante do Gil Vicente do início ao fim. Para ele, em campo não houve submissão: a equipe buscou, criou oportunidades e, em muitos momentos, se equiparou ao adversário em várias estatísticas de jogo.
Faltas táticas e chances perdidas: os detalhes que fizeram a diferença
Um ponto chamou especialmente a atenção de Peixoto: as faltas táticas cometidas pelo Porto. Segundo os números destacados pelo treinador, a diferença foi clara—enquanto o Porto cometeu 20 infrações, o Gil Vicente fez apenas nove. Para Peixoto, essas faltas não aconteceram por acaso: serviram, segundo ele, para travar transições rápidas e prometedoras do Gil Vicente logo após a recuperação da bola.
O treinador valorizou a organização do seu time, destacando o compromisso com a proposta ofensiva. Ele fez questão de citar duas grandes oportunidades desperdiçadas no final do primeiro tempo, as quais, segundo ele, poderiam ter mudado o rumo da partida. “Criámos situações claras, faltou apenas eficácia,” lamentou, lembrando que, frente a adversários como o Porto, qualquer vacilo pode ser fatal.
Apesar da derrota, Peixoto se mostrou satisfeito com a personalidade e disciplina tática da equipe. Não houve recuo, nem desistência do plano de jogo: o Gil Vicente tentou jogar e pressionar sempre que possível. Esse espírito, para o técnico, é o que realmente importa, especialmente diante de um adversário conhecido pela intensidade e agressividade em campo.
Por fim, César Peixoto reconheceu que, no futebol, a eficiência muitas vezes decide—e foi isso que pesou a favor dos portistas. Mesmo assim, saiu do estádio de cabeça erguida, sentindo que o resultado de 2 a 0 foi pesado diante do equilíbrio visto em muitos momentos do confronto.