Chuvas intensas mobilizam Piauí: INMET aciona alerta amarelo
Mais de metade do território piauiense ficou em estado de atenção: o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu um alerta amarelo para fortes chuvas em 172 municípios do estado. O aviso vale até as 10h de 22 de abril, e não é pouca coisa—afeta desde as regiões centrais e ao norte até os extremos sul de Piauí. Ou seja, de Teresina a Floriano, sem esquecer de cidades litorâneas como Parnaíba e Luís Correia, e polos do interior como Picos.
O alerta prevê chuvas com intensidade de 20 a 30 mm por hora ou até 50 mm acumulados ao longo do dia. Isso já é suficiente para saturar solos e prejudicar todos os lugares com escoamento ruim—bueiros entupidos, ruas com drenagem deficiente, vilas próximas a córregos. Não são só as águas que preocupam: também há previsão de ventos entre 40 e 60 km/h. Esse vento já é capaz de derrubar galhos, deslocar pequenas estruturas e deixar a vida na rua mais imprevisível.

Entenda o que significa o alerta amarelo
Na escala do INMET, o amarelo representa o estágio mais brando entre os três níveis de perigo. Ou seja, não indica catástrofes iminentes, mas avisa: é hora de redobrar cuidados e acompanhar as atualizações, porque condições pontuais podem piorar rapidamente. O laranja já aponta perigo real e o vermelho, risco grave e imediato.
Essas mudanças de clima têm impacto direto no dia a dia. Em Teresina, motoristas sabem o que esperar: congestionamentos súbitos, poças enormes que aparecem do nada e um risco extra de acidentes. Pescadores e comerciantes do litoral ficam de olho nas rajadas de vento, que podem mexer até com embarcações e mercadorias expostas. Quem mora em áreas baixas já convive com o medo de alagar a cada previsão como essa. Sem falar no trabalho extra da Defesa Civil, que precisa monitorar pontos críticos e estar pronta para agir se vier um volume maior de chuva, mesmo sem alerta laranja ou vermelho.
Por que o INMET emite avisos assim? Porque, mesmo em cidades grandes, o acúmulo em poucas horas pode criar transtornos, especialmente para quem não tem proteção adequada. Verões cada vez mais irregulares e mudanças climáticas tornam episódios assim mais frequentes. Deixar para se preocupar só quando o alerta for vermelho é pedir para correr atrás do prejuízo depois.
Se a previsão se cumprir, é prudente evitar áreas de alagamento, redobrar atenção no trânsito e manter aquele velho check-list da chuva: telhados, calhas e sistemas de drenagem em ordem.